Barco no cais
Vê, meu barco ainda não partiu, a tua espera,
À espera que de repente venhas, ainda a tempo
De enfunar suas velas com o pressentimento
De que finalmente virás, que não és quimera.
Velhas âncoras que ainda o prendem ao fundo
Neste mar escuro e lodoso onde ora me revolvo,
Dúvida sem saber se parto sem ti ou se resolvo
Me quedar e soçobrar de uma vez neste mundo.
As cordas de estais, como as velas, enroladas,
Deixadas sobre o castelo de popa onde por vezes,
Em tantas vezes nos amamos em noites enluaradas,
Vendo em teus olhos refletido o brilho da lua,
Por entre as lágrimas vertidas nestes reveses,
Quando então sussurravas:- Toma-me, sou tua!!!
Vê, meu barco ainda não partiu, a tua espera,
À espera que de repente venhas, ainda a tempo
De enfunar suas velas com o pressentimento
De que finalmente virás, que não és quimera.
Velhas âncoras que ainda o prendem ao fundo
Neste mar escuro e lodoso onde ora me revolvo,
Dúvida sem saber se parto sem ti ou se resolvo
Me quedar e soçobrar de uma vez neste mundo.
As cordas de estais, como as velas, enroladas,
Deixadas sobre o castelo de popa onde por vezes,
Em tantas vezes nos amamos em noites enluaradas,
Vendo em teus olhos refletido o brilho da lua,
Por entre as lágrimas vertidas nestes reveses,
Quando então sussurravas:- Toma-me, sou tua!!!