O VERDE DE TEUS OLHOS: a aurora da minha vida.
Um ser humano de belas formas, em cujos olhos verdes sonhei acordado; olhos esses que verdejaram com doce olhar e, assim, me encantaram nesse belo olhar. Algo nunca sentido ou visto antes: o brilho cintilante desse formoso semblante; o nítido verde cristalino que
insisto em recordar porque sua resplandecência encheu meu coração com seu venusto brilho de olhar. Quando não via a luz do Sol, eras o meu farol, meu sol; o seu singelo brilhar estava no meu olhar e olhei em seus olhos humanos, lindos e puros, lembrança que amarei espontaneamente relembrar, tão humilde encanto, que me enlevou ao vê-los, ó olhos verdes, que brilhavam carregados de tão sublime amor a afagar-me a alma silente em seu olhar envolvente; vi claramente em seus olhos cândidos que tive um plá visual com seu melífluo olhar; aquiescendo mutuamente no divino amor nascido em profunda afasia daquelas horas matutinas, as quais são a nostalgia da saudosa manhã de verão, revelando-me que apesar de tudo, o amor entre os humanos ainda subexiste a nos presentear. (...)
( SILVA, Adriano. A Poesia do soneto. Arte literária nas letras brasileiras. Idioma Português, 09/03/2015).