Soneto do levantar
Preso em um arco de fogo
o qual não se apaga tão simplesmente,
como no soprar de vela na escuridão,
preso estou fortemente na solidão.
Ladrilhos coloridos, agora sem tons,
aos meus olhos são inúteis
fixados em paredes de um sonho esquecido,
mas lembrado inconscientemente agora.
Tudo mudou no meu nobre interior,
sinto, percebo e sei, apenas sei,
que essa mudança veio de um devastador através.
Esse, devastador sim, certo que sim,
mas o levantar de toda estrutura minha
depende de mim, certo que sim, apenas de mim.