Soneto ímpar

Sei que passou por nuvens cinzas,

sei que passaram ventos fortes em tua direção,

mas ao longe há nuvens claras, menina,

tais quais a cor de teus olhos, lindos olhos.

A felicidade, pura e verdadeira divindade,

não procure, não há mapa tatuado em papel,

saibas que está tão perto de vós,

então olhe, sorria e sinta.

O romantismo que tens está preso em barreiras,

tais feitas de aço, que somente coragem e fé

irão deter ao chão e por lá ficará.

Levanta teu olhar de cor ímpar

e derrama teu medo no infinito da escuridão.

Ainda não vistes que a Luz te estendeu a mão?