A angústia do poeta romântico
A ANGÚSTIA DO POETA ROMÂNTICO
Como vive o poeta calejado
Ante à crítica hostil que se levanta,
Não perdoando o estilo do passado,
A despeito do amor que tanto canta.
Pouco importa ao poeta fatigado,
Se tiver que descer à terra santa,
Engenho e amor não o farão cansado.
Na terra não se perde o que se planta.
Entre os quatorze versos singulares,
Há de se reeditar no pensamento,
Todas as expressões mais seculares.
Porque assim, ao cantar as alegrias
E ao mitigar a dor e o sentimento,
O amor eterno e todas as poesias.