LANTERNA DA MINH’ALMA...
A Lua entristecida desce nua
Atrás das nuvens negras, lutuosas...
E desce envergonhada e então flutua
Nos arcos deste céu, triste e formosa...
O breu da noite é tinta negra e funda
Tingindo o céu tristonho e tão nublado....
Quisera eu ser a estrela que se inunda
De Luz neste meu Céu cinza, borrado!...
Ó lua doce, amálgama celeste,
Lanterna da minh’alma que me veste
De Luz e redenção nest’ alma escura...
...Clareia a morta sombra dos ciprestes
Que cobre o meu sepulcro, aqui no leste,
Soprando da minh’alma esta amargura!....
Arão Filho
São José de Ribamar-MA, 07.Março.2015.