A moribunda
Já não sabia como defini-las, tão profundas,
Em suas faces iguais, simétricas e convidativas,
Agora inertes, sem as cores do carnaval, inativas,
Em meio aos confetes e serpentinas tão imundas.
Era quarta feira de cinzas e perdido em meio
Ao silêncio que não mais ecoava dos bumbos,
Retinir de pratinelas, choros de cuícas profundos,
Belezas de lindos carros alegóricos agora feios.
Já não mais vejo como destaque tua imagem,
Então colorida pela profusão de luzes e cores,
E tu, sambando na avenida, tornada miragem.
Triste ver agora, neste torvelinho em que afunda
Toda a euforia e enlevo de momentos de amores,
Calado o canto que comigo cantava, moribunda.
Já não sabia como defini-las, tão profundas,
Em suas faces iguais, simétricas e convidativas,
Agora inertes, sem as cores do carnaval, inativas,
Em meio aos confetes e serpentinas tão imundas.
Era quarta feira de cinzas e perdido em meio
Ao silêncio que não mais ecoava dos bumbos,
Retinir de pratinelas, choros de cuícas profundos,
Belezas de lindos carros alegóricos agora feios.
Já não mais vejo como destaque tua imagem,
Então colorida pela profusão de luzes e cores,
E tu, sambando na avenida, tornada miragem.
Triste ver agora, neste torvelinho em que afunda
Toda a euforia e enlevo de momentos de amores,
Calado o canto que comigo cantava, moribunda.