RECAÍDA
Jurei pra mim mesma, não mais te querer.
Rasgar teu retrato, queimar teus percentes,
- tanto os cuidei e amei! - e esquecer.
Fechar a porta das recordações, tão presentes!
E aí, julgando de tudo já ter me desligado,
de tudo que te fazia existir dentro de mim,
vesti meu melhor sorriso, tão desusado,
nem sabia mais como usá-lo em festim!
E querendo nova vida, novo acontecer,
foi que sacudi a poeira e dei a volta,
se por cima, não sei, esperei para ver...
Na primeira esquina que cheguei,
com a alma livre, pura, quase solta,
te vi! Encolhi. E confesso, apaguei!