Soneto Mortuário
Quando à tribuna do terrível inferno
No forte impulso das vis paixões
Ardente o lábio no beijo das realizações
Na treva do gênio num triste inferno.
A tirania do Diabo tremeu o interno
De um rei que ressuscitou os corações
No sangue dos mortos nas complicações
Gelou a carne do cortesão subalterno.
Uma alma antiga e vil no frio refeito
Brotou uma flor negra de morte no peito
Em um sono acordou na torpe sepultura.
Na Europa das terras frias em suas securas
Sentiu a hora da morte no acerbo mal juras
As branduras que nos séculos anda desfeito.
HERR DOKTOR