Futuro negro
O tempo indiferente, urge, avança
Fadado a cordilheira do futuro
Este senhor em becos obscuros
A me roubar os tempos de criança
Quanta ventura eu levo na lembrança
É meu conforto nesses meus dias duros
Tornou-me o tempo pro mundo maduro
Retendo o meu sorriso da herança
Saiba valer da vida os bons momentos
Que o tempo nos reserva céus cinzentos
E feito vento nos desaba a estrutura
Ó cruel sorte nos investe de feridas
Ruma o futuro para um beco sem saída
D'um amanhã que feito sombras se afigura