MORGADIO
MORGADIO
Herdara uma excelente propriedade
Que dominava do alto d’um outeiro
Toda a margem esquerda do ribeiro
Espraiado nos confins da soledade.
Não admira que seu ato primeiro
Fora cercar em torno a sua herdade
E, recluso, alcançar toda a verdade;
Ou senão um sentido verdadeiro.
Nominou de “O palácio da ventura”
À sua solitária moradia
De alva e vernacular arquitetura.
D’ali mirava o fim de cada dia
Enquanto acarinhava com ternura
As árvores que tem por companhia.
Betim – 21 07 2014