Denegrido
Esta dor que ora me avilta, que me denigre,
Que se instalou assim tão fundo em meu peito,
Fazendo com que, às vezes, perca o respeito
Por este que se sentiu outrora como um tigre.
Devo confessar que já não sinto o ímpeto felino
De me lançar sobre ti e arrancar tua roupa,
Como o fiz em tantos momentos, e tu, louca,
Acolhia-me em teus seios como se um menino.
Desvairado, perdido em teus braços, neste abraço
Que me acolhia, levando-me a paragens distantes,
Vagando contigo, encontrado no próprio espaço.
Talvez eu não saiba, talvez mesmo tenha morrido,
Por perdido o orgulho de não mais sermos amantes,
Assim me prostre, sentindo-me tão denegrido.
Esta dor que ora me avilta, que me denigre,
Que se instalou assim tão fundo em meu peito,
Fazendo com que, às vezes, perca o respeito
Por este que se sentiu outrora como um tigre.
Devo confessar que já não sinto o ímpeto felino
De me lançar sobre ti e arrancar tua roupa,
Como o fiz em tantos momentos, e tu, louca,
Acolhia-me em teus seios como se um menino.
Desvairado, perdido em teus braços, neste abraço
Que me acolhia, levando-me a paragens distantes,
Vagando contigo, encontrado no próprio espaço.
Talvez eu não saiba, talvez mesmo tenha morrido,
Por perdido o orgulho de não mais sermos amantes,
Assim me prostre, sentindo-me tão denegrido.