O SENSO DE SER POETA
Odir Milanez
Entendia-me escriba à voz do vento,
balbuceios da brisa em desalinho,
escriba envolto em verso vagarento,
passageiro da paz de um passarinho.
Hoje sou festival, mesmo sozinho.
Um sorriso assumiu meu pensamento.
Ideando-me mar em movimento,
sou beijo, sou abraço, sou carinho.
Sou casa sem portão, de porta aberta
à musa que de amores me completa
e me aviva a visão, se a vê deserta.
O senso de não ser, não mais me afeta.
A Candeias igual, quando desperta
poetisando a praia, sou poeta.
JPessoa/PB
28.02.2015
oklima
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...
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