Cancão da Manhã

Acordar quando a chuva banha a calha

No telheiro dos sonhos sem lembranças

Ouvir o musical das gotas mansas

Embalar a poesia que me entalha

Corredeiras sonoras em festanças

O meu sorriso largo se gargalha

Num frescor felicita-se e agasalha

A canção da manhã com esperanças

O pão aguarda-me ao centro da mesa

O café aromatiza ares e entranhas

Um verso de minhalma freme e reza

E enquanto eu rimo as rimas mais estranhas

Os passarinhos levam a tristeza

Uma chuva desagua-se em façanhas

Gigio Jr (Poemas da Chuva-2015)

GigioJr
Enviado por GigioJr em 28/02/2015
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