Sofrência
Há anos, registrei aqui mesmo no Recanto,
Todo o enlevo, todo o amor que me despertava,
Convertido em paixão o amor que então amava,
Expressando em tépido e apaixonado encanto.
Decantei o perfume de seu regaço, inebriado,
Sedento, bebi seu néctar e minha sede aplaquei,
Comi de sua carne macia e minha fome saciei,
Acolhido em seus braços, meu frio agasalhado.
Perdeu-se em minhas veredas, como eu nas suas,
Nestas tantas tardes em que fomos amantes,
Amando-nos em quantas praias, à luz da lua.
Mas, não imaginava que tamanha Querencia,
Vivida também contigo como com ela, antes,
Se transformaria, ao me deixares, em Sofrência.
Há anos, registrei aqui mesmo no Recanto,
Todo o enlevo, todo o amor que me despertava,
Convertido em paixão o amor que então amava,
Expressando em tépido e apaixonado encanto.
Decantei o perfume de seu regaço, inebriado,
Sedento, bebi seu néctar e minha sede aplaquei,
Comi de sua carne macia e minha fome saciei,
Acolhido em seus braços, meu frio agasalhado.
Perdeu-se em minhas veredas, como eu nas suas,
Nestas tantas tardes em que fomos amantes,
Amando-nos em quantas praias, à luz da lua.
Mas, não imaginava que tamanha Querencia,
Vivida também contigo como com ela, antes,
Se transformaria, ao me deixares, em Sofrência.