SILÊNCIO

Fala, Silêncio, agora que te escuto

Que a solidão funérea me compraz

Que a lua, de minguante no céu jaz

E a noite se recolhe em negro luto

Brota, Silêncio firme e resoluto

Dá-me o teu estro, mostra que és capaz

De ensinar-me canções, hinos de paz

Dar sentido ao meu ser já devoluto

Diz lá, Silêncio aos homens que te habitam

Diz também aos que em ti não acreditam

Aquilo que te ouvi de voz erguida

Que têm, p'ra viver, de acreditar

Que antes de agir precisam meditar

Diz-lhes Silêncio, que és irmão da vida

Oscar Fernandes
Enviado por Oscar Fernandes em 26/02/2015
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