ENCONTRO ETERNO
Por cima lá de casa, em seu clarão
A Lua vai tranquila e vagarosa,
Parece até uma bolha de sabão
Que foge assim tão triste e tão penosa...
Distante, a Lua desce na amplidão,
Vagando ali tão pálida e chorosa,
Que enche de pesar meu coração
Ao vê-la ali sozinha e langorosa...
Um dia quando eu for ao Céu distante,
Sem corpo, sem matéria, em luz brilhante,
Nos arcos, pelas cúpulas celestes...
Verei contigo ó Lua minha amiga
Do alto, o meu sepulcro, a lájea antiga,
Deixada sob a sombra dos ciprestes...
Arão Filho
São José de Ribamar-MA, 25 de fevereiro de 205