Chorei por dentro

E eu não sei por que, são coisas que acumulam

Que de repente vem à tona e a gente não segura,

São forças poderosas que empurram, nos anulam

Na hora parece ser uma doença que não tem cura.

E o vento beija o rosto sem nenhuma permissão

Esvoaçam os cabelos e se vai; deixa o desalinho,

A flor a sua frente explica em silêncio a perfeição

Tão esguia, tão só dançando na ponta do raminho.

O passarinho volta para o ninho sem sinalização

A borboleta é tão linda e talvez nem saiba disso,

O cãozinho que late no portão sem compromisso.

Essa tal tristeza torna-se tão pequena, sem noção

A lágrima seca por causas boas que se estendem,

E me deixo tocar, consternações não me ofendem.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 25/02/2015
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