Chorei por dentro
E eu não sei por que, são coisas que acumulam
Que de repente vem à tona e a gente não segura,
São forças poderosas que empurram, nos anulam
Na hora parece ser uma doença que não tem cura.
E o vento beija o rosto sem nenhuma permissão
Esvoaçam os cabelos e se vai; deixa o desalinho,
A flor a sua frente explica em silêncio a perfeição
Tão esguia, tão só dançando na ponta do raminho.
O passarinho volta para o ninho sem sinalização
A borboleta é tão linda e talvez nem saiba disso,
O cãozinho que late no portão sem compromisso.
Essa tal tristeza torna-se tão pequena, sem noção
A lágrima seca por causas boas que se estendem,
E me deixo tocar, consternações não me ofendem.
Uberlândia MG
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