FINISTERRA
FINISTERRA
Adiante o mar Oceano, o mar sem fim,
Lá pelo limite onde a terra finda.
Galega é essa gente alva e bem-vinda
Em nossas terras tórridas de “enfim!”.
Maravilhosa fala dentro em mim,
Feita à ria nevoenta aonde ainda
Ecoam as cantigas que el-Rey brinda
Fingindo-se pastora, ébrio e arlequim.
Extrema estrada para os meus andares;
Último pontal para os meus olhares;
Seja antes que o barqueiro chegue. E parta! ...
Porque se o Novo Mundo é tão imenso,
Na rocha fria deve estar, eu penso,
Um náutico “adeus” onde o mostra a carta.
Betim - 08 09 2014