Ciúme
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Ciúme
De tropeço em tropeço eu sigo a vida...
Os meus pés nessa estrada empoeirada,
minha vontade presa, encurralada,
não podendo chamar-te de querida.
Minha alegria em pranto convertida.
Em céu de chumbo, a noite enluarada.
Deixo a vida rolar, nem penso em nada,
mas a satisfação não tem medida
com a tua presença em meu caminho.
Quem dera fosse assim constantemente...
Eu viveria rindo, mas baixinho
para evitar inveja de repente
de alguém também querendo o teu carinho,
um fato que minh’alma não consente.
Gilson Faustino Maia