E o destino brinca...

Tropeço no céu da amarelinha do teu viver,

Então ouço tua voz que vem me passar anel.

E flutuo, é que o amor mestre mandou crer,

Agito-me em pula corda descortina-se o véu.

Minha poesia se faz faúlha rubra, é ciranda.

Teu sorriso tem olor de por do sol que caço,

Teu olhar: duas bolinhas de gude que ronda

E me jogo em pique esconde no teu abraço.

Larapia-me beijos, me deixo ser carimbada.

E a tua boca de forno calada me desordena

Rendo-me a cabo de guerra, nada condena.

Faz-me cabra cega, se frio, se sol, chuvarada.

Defrauda-me em toques a roubar a bandeira

Nesse pega-pega me cata, me tem por inteira.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 22/02/2015
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