Vida nova, nova vida


Hoje acordei leve e sorridente, enfim liberto
Dos grilhões que me prendiam a um passado,
Em que tanto a amei, sabendo que sou amado,
Sentindo o alívio de não mais a ter por perto.

Saíra afinal da cloaca em que mergulhei, um dia,
De cabeça erguida, corpo coberto até o pescoço
De excrementos, por tanto amar este colosso
Desprovido de sentimento e que me entorpecia.

Mas, para culminar esta sina que me acompanha
Por toda esta vida, como se fosse u´a maldição,
Por ter jogado pedras na cruz, ou pura manha,

Eu a vi passando, eu que há tempo não a via,
Senti o coração descompassar, cheio de emoção,
E eis-me aqui de novo, cantando-a em poesias.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 22/02/2015
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