DESIDERATA

DESIDERATA

Dependesse de mim, seria lua...

D’aquelas tão imensas quanto o sonho.

Não teria a ti esse olhar tristonho,

Sim o amor que brilhante ele insinua.

Ver-te aos olhos a própria essência tua,

Pois, assim, em poesia te componho.

Mas sei-te um paradoxo mais bisonho,

Que o insólito que em mim se perpetua.

Mal comparando, é como se a beleza

Afastasse-me as sombras e a tristeza,

Que insistem em turvar meu coração.

Dize-me enfim, amada de minh’alma,

Poderás tu me dar a paz e a calma

Qual lua a iluminar-me a escuridão?

Betim – 05 07 2014