CATASTRÓFICO

CATASTRÓFICO

Aprendi a aceitar o amor tal-qual

Costumam aceitar fatalidades.

O amor me é uma d’essas novidades

Que a mim, via de regra, acabam mal.

Já a paixão é quase sempre igual:

Há tanto anseio de obter felicidades,

Que não mais que outra feira de vaidades

Mostra-se o coração em seu caudal.

Mas como tão imensas esperanças,

Face às mais detestáveis experiências,

Podem nos arrastar a outras andanças?!?

Decerto enganarão as aparências,

Enquanto se embaraçam as lembranças,

N’um encontro de duas sós consciências...

Contagem - 20 02 2015