Cárcere

Entre erros e erros sigo o caminho

Que inútil, fútil leva ao mais escuro

Desta alma calma que habitava ao muro

Que esconde as letras deste pergaminho.

Encarcerado estou, na estátua fria,

Assim, tristemente e sorridente, pois

Finjo a vida tida antes por nós dois

Sendo ainda real a cada dia.

Mas eu ainda estou preso, condenado.

Vivendo assim um fim que pude escolher

Numa batalha falha , eu posso crer,

Entre o não querer, agora passado,

E o querer mais, ausente no futuro,

Disfarçado no amor que não lhe juro.