Ao meu amigo Sol
Ao meu amigo Sol
(Soneto)
Que é do dia sem ti luzente amigo…
Quando ficas coberto, desvirtuado,
Pela cinza invernosa, mau-olhado,
Que ao não te deixar ver me dá castigo?
Que é da alegre alvorada iluminado…
Quando não posso acreditar contigo,
Que só de grãs conquistas eu me irrigo,
Que nada me faz homem malogrado?
Não existe sequer! É um marasmo!
Tal qual uma comédia sem risada,
Tal qual uma ironia sem sarcasmo.
É como ilusionismo sem mistério,
Ou como Santidade aprisionada,
Que não pode abençoar o seu império!
André Rodrigues 19/2/2015