PARADEIRO...

Por onde anda o que não foi perdido?

Será que está no enternecido abrigo

No peito agora de um pulmão antigo

Arfando à senda do desconhecido...?

Será que está por sob um cobertor

Que me aqueceu durante longo frio?

As margens lendo um caudaloso rio

Levando as águas, deixa o seu rumor...?

Não sei, não sei, o que perdido havia

Eu sei apenas que perdi o viço

Na vã procura do meu dia a dia...

Mas, quando nasce, e vejo o sol maciço

Que nada busca... Doa energia

Encontro o início do meu ser noviço...

Autor: André Pinheiro

19/02/2015