CONTRIÇÃO...

É noite já suspensa em candelabros

De nuvens cinza, densas e escuras,

E aos pés destes sepulcros bem macabros,

As almas pecadoras surgem impuras...

Ciprestes fazem sombra à Luz da Lua

Ao vento soluçante qual mistério;

Repousa o velho corpo à cova nua;

Um odor de podridão no cemitério...

Na lájea com meu nome - antiga escrita-

O tempo vai passando ao esquecimento;

Eu sei que meu abrigo é a cova funda...

Olhando a multidão de almas aflitas,

Nas dores dos pecados, dos tormentos,

Eu sinto a contrição em mim, profunda!

Arão Filho

São José de Ribamar-MA, 19.fev.2015