PADECER

Ainda vago pelo bosque da solidão

Onde a vida perdida, em algum canto

Já não cabe no meu peito tanto pranto

E a ferida ainda sangra o coração

Logo chega a chuva, e eu aqui tão triste

Vagando na penumbra do abandono

Já não durmo, pois sozinha não há sono

Vejo tudo que perdi, que não mais existe

Sei que sofro, quem não sente essa dor?

De estar sempre com a alma a sofrer

Há os que vivem e não sabem o que é o amor

E assim eu vou tentando, só, viver

Mas na alma só encontro dissabor

Pois para mim, viver é como padecer

Lúcia Polonio
Enviado por Lúcia Polonio em 18/02/2015
Reeditado em 18/02/2015
Código do texto: T5141444
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.