Soneto de um Canto Apocalíptico
Quando olhei profundo o infinito
vi a janela do eterno escancarada,
olhar dos deuses, fábula e mito,
foi como um grito surdo à madrugada.
Havia um eco de um silêncio constrito
que percorria aquela noite enluarada,
era o martírio mavioso em meu grito
que estridulava como voz aljofrada.
Então ouvi do vácuo um harpejado
e a melodia então soou do apocalíptico,
foi voz de um anjo, o selo foi quebrado;
foi o soneto de um epílogo elíptico
por onde os deuses jazeram suas eras
então o homem esmoreceu em guerras.