Meus Demônios
Meus Demônios
Mais um despertar inesperado
Corriqueiro amanhecer cinzento
Xícara com borra de café tomado
E mais um grito intenso e violento
Um surdo aos sons da civilização
Preso à sua sala opaca e vazia
Buscando sanidade em uma dimensão
Retardando assim sua agonia
Frenesi entre espasmos aflitos
Contorcendo o corpo desmembrado
Mente vazia, não há mais conflitos
Cessa os batimentos agonizantes
Em vão a olhar ao céu desesperado
Demônios gargalham dissonantes
Eduardo Benetti