GEMIDOS
Há um Céu além de todas as incertezas?
Porque no agora, rastejam minhas dúvidas...
E o meu ventre, no pó, só gera profundezas
Que produzem o mel das minhas angústias.
Há mãos que acariciem minha mentira?
Pois, produzo um inferno de inverdades
Praqueles escondidos em suas vaidades.
E onde estará a verdade consentida?
Há um perdão pra essa hora inconsciente?
E, um consciente, há? Que invada o meu pavor
E avassale minhas ideias inconsequentes,
Mostrando onde reside a certeza, o amor.
Onde, por menor grau que seja, haja a pureza
De um amanhecer longe de toda essa “gentileza”...