SONETO PARA LOURDES
Tu, que docemente doaste a vida,
E dela fizeste cativas as lidas,
Conclama-te um coração peregrino;
Que em louvor rasga do peito o menino
Vindo das lembranças daquela aurora...
Quando em segredo, guardavas no peito
O dizer cálido da dor do agora
Daquele franzino que por ti fora eleito.
E aqui estou em versos de conflitos.
Pois, que poderei dizer desta vida,
Se fores embora sem a despedida
De mim, homem-menino. Cuja dor
Irromperá desmedida, se tua ida for assim:
Distante de mim, minha querida!