VESTIDA DE SOLIDÃO
 SONETO
 Nebulosa essa manhã que me deflagra
Cinzentas nuvens no céu que me lampeja
Em um silvar em brisa meu ser se aflora
Em mim tortura ardência que me agrura...
 
Ouço risos das ramagens em cantilena
Suavisando em o peito meu sofrer
Por saber que voei na noite qual falena
A te buscar em sombra a bel-prazer...
 
Olhando o luar estrelas vejo sem véu
De mão em mento penso: Quero você
Vestida de solidão olhando o céu...
 
Só tenho aqui comigo a lembrança
Das estrelas nos instantes que a mercê...
Quando abrasados não havia desavença.
 
13:00
17-02-2015
MargarethDSLeite