INFÂNCIA ROUBADA

Uma marreta nas mãos ou carvão para ensacar
Tão pequeno e enfrentando esse triste labutar  
Para ele o sol castigante já parece ser natural
Na caieira ou pedreira, a idade é só um numeral
 
É tanto sofrimento, sede e fome pesadelos reais
Às vezes quando se deita não deseja despertar
Será que nunca terá fim esse maldito jogo voraz?
Os pais outros explorados que não podem ajudar
 
Patrões Covardes! Uns miseráveis sem coração     
Crianças e sonhos roubados numa rotina sofrida   
Ó! Senhor, seus pequeninos estão em opressão
 
Só quem já sentiu sabe como dói sal em ferida            
Por que esses homens maltratam seus irmãos?      
Eles carecem é de brinquedos, liberdade e vida!