CONFISSÃO DE CULPA
                                   
Os meus dias são contas de um rosário,
Desfiadas em cálidas e sofridas orações,
Na intimidade de um coração solitário,
Onde as crenças são apenas emoções.
 
No único altar que está sendo incensado,
No meu santuário de uma só divindade,
Há uma diva que jamais foi canonizada,
Porque que nunca foi santa de verdade.
 
Mas só a ela é que eu desejo convencer,
Para que me traga de volta a felicidade,
Que troquei por um instante de prazer.
 
Não é por Deus que quero ser perdoado,
Por que a Ele eu não ofendi de verdade,
Mas com ela, eu de fato, fui culpado!