O vinho tinto.

O vinho tinto me serve de matiz

dando cor aos poemas que rabisco

brincando, com a rapidez d'um corisco

e haja verso a fluir do meu giz.

Uma taça, outrazinha e o verso flui

domado à minha forma de dizê-lo,

sóbrio, eu o trato com mais zelo

e se chego até o choro mais influi.

A poesia se permite ao apelo

É carta que viaja sem o selo

Levando o recado da paixão.

O vinho, do qual falei no começo,

É quem arranca a etiqueta, rasga o preço

E quem dosa a poesia de emoção.

Josérobertodecastropalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 15/02/2015
Reeditado em 19/02/2015
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