ASTERISMOS

ASTERISMOS

Tendo o dedo apontado para estrelas,

Ligo os pontos de amplas constelações.

Ao quê, recordo deuses e explosões

Para enfim ver o quanto me são belas.

Longe as observo -- ora estas; ora aquelas --

Sem buscar outras vãs explicações,

Senão as que descrevo aos corações

Por amorosamente conhecê-las.

Sim, falar d’amor é falar do fado...

Se estrelas põem pessoas lado a lado

Que após vão se afastando pelo olvido.

Contudo, continuam reluzindo

Na certeza que apenas o que é lindo

Há-de nos alegrar de ter vivido.

Betim - 17 01 2015