AO DEVIR
AO DEVIR
Àquele que hei-de ser, não mais esteja
Somente a lamentar se vou morrer;
Não que haja ainda muito a se viver,
Mas tudo o que tiver de ser, que seja.
A falta que sinto é o que sobeja.
Mas pronto p’ra ganhar e p’ra perder,
Aceito o que a maré vem me trazer
E o que vier, no final, a mim proteja.
Isso da morte é certo. Não adianta
A gente se apegar demais, ter medo.
Tudo vai passar, sei eu, tarde ou cedo.
Mesmo que a vida não seja mais tanta,
Nem tão longa quanto gostaria,
Seja eu feliz! Ao menos mais um dia ...
Ilhéus - 15 06 2011