Ilusões de um poeta
Já nem mesmo sei se rio ou se constrito choro,
Ao ver que todas minhas ilusões foram perdidas,
Neste meu intrépido caminhar por esta vida,
Por tempo passado tão lépido, como meteoro.
Foram-se perdendo uma por vez, aos poucos,
Minguando a cada dia a lembrança que restava,
Levadas por cada uma das mulheres que amava,
e que via, então, partir, deixando-me só, louco.
A última delas, a que me foi mais doída e sofrida,
Pelo tanto que incutiu da ansiada e vã esperança
De ter chegado enfim ao porto para o final da vida.
Mas, de todas as ilusões, uma mantive, asceta,
Bem guardada no fundo do peito, desde criança,
Ter-te exaltado em versos, um dia, como um poeta.
Já nem mesmo sei se rio ou se constrito choro,
Ao ver que todas minhas ilusões foram perdidas,
Neste meu intrépido caminhar por esta vida,
Por tempo passado tão lépido, como meteoro.
Foram-se perdendo uma por vez, aos poucos,
Minguando a cada dia a lembrança que restava,
Levadas por cada uma das mulheres que amava,
e que via, então, partir, deixando-me só, louco.
A última delas, a que me foi mais doída e sofrida,
Pelo tanto que incutiu da ansiada e vã esperança
De ter chegado enfim ao porto para o final da vida.
Mas, de todas as ilusões, uma mantive, asceta,
Bem guardada no fundo do peito, desde criança,
Ter-te exaltado em versos, um dia, como um poeta.