A TRAZ DOS VERSOS...
Leio meus próprios versos e anseio
escrever o que é eterno e não sentir
revelar o que é oculto, então omitir
toda essência verdadeira que creio...
O que me inspira é, antagônica fome
a busca ingênita de toda existência
expressão maior da minha inocência,
sendo a poesia, grafia que me consome...
Toda insipidez, o paradoxo derradeiro
vivência que me capacita ser verdadeiro
inspiração me domina, sem ter que me dome...
Porém outrora, escravo dos meus versos
escrevendo pelo certo, ou pelos avessos
encontrei na contradição, meu cognome - "POETA"
A TRAZ DE ALGUM VERSO, SEMPRE HAVERÁ UM POETA...
Romulo Marinho