ECOS DO PASSADO
                         
                                        A Florbela Espanca  

 
Sou aquela que de alvor anda exaurida.  
Caminhante que no mundo não tem norte.
Entre a pena e o papel, sou foragida
em vivências que se operam à própria sorte.

 
Não sei bem como domar tamanha ânsia,
que às vezes, feito fera, me consome.
É que brota no meu peito uma abundância
e ao reverso, continuo a sentir fome.

 
Nessa busca de um amor que me abasteça,
quiçá possa almejar mais do que mereça,
por nutrir sentimentos tão controversos...

 
Talvez seja o meu destino seguir só,
mas não creio que minha sina há de ser pó.
Eis que existirei nos ecos dos meus versos.
AndraValladares
Enviado por AndraValladares em 13/02/2015
Reeditado em 09/01/2017
Código do texto: T5135731
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