SOFISMA...
Vagueio taciturno no desdem da dúvida
onde o choro contido e reprimido, dorme
essa aflição que se prostra, me consome
noite silenciosa, duma quietude mórbida...
Olhos marejados, gotejam o rubro sangue
pois a dor que se oculta, é laço da morte
lateja então a alma, ao destino da sorte
antes que o mal açoite e a ferida zangue...
Tardes frias de pensamentos impolutos
degradam a pureza do cândido absoluto
o que era translúcido, agora se fez turvo...
Ossos que secam, ao pó tudo reduz
o cintilo do falso amor, nunca se reluz
logro que me invade,engodo que me seduz...