Enganos
Enganei-me por tempo, ao te dar ouvidos,
Quando dizias que me amavas e sonhavas
Com o momento de estar para sempre comigo,
Que era eu quem, há décadas, aguardavas.
Enganei-me também ao crer que teus gemidos,
Quando fazíamos amor, eram de puro enlevo,
Que tanto tinhas me amado por toda vida e sido,
Mais que qualquer outro, o aguardado primevo.
De engano em engano, fui conduzido, por anos,
A amar-te cada vez mais, bem mais do que amei,
Até o momento quando dizes que tudo foi engano.
Hoje vejo, mesmo infeliz, porém sem nostalgia,
Que, de engano em engano, tanto me enganei
E que engano bom é o comprado em padaria.
Enganei-me por tempo, ao te dar ouvidos,
Quando dizias que me amavas e sonhavas
Com o momento de estar para sempre comigo,
Que era eu quem, há décadas, aguardavas.
Enganei-me também ao crer que teus gemidos,
Quando fazíamos amor, eram de puro enlevo,
Que tanto tinhas me amado por toda vida e sido,
Mais que qualquer outro, o aguardado primevo.
De engano em engano, fui conduzido, por anos,
A amar-te cada vez mais, bem mais do que amei,
Até o momento quando dizes que tudo foi engano.
Hoje vejo, mesmo infeliz, porém sem nostalgia,
Que, de engano em engano, tanto me enganei
E que engano bom é o comprado em padaria.