A RAPARIGA
A RAPARIGA
Bonita, tanto quanto alguém bonita
Possa ser, ela é. E ela bem o sabe...
Mas não que uma paixão, embora acabe,
À promessa do olhar é infinita.
Sim, pois, promete àquele que acredita
Que o prazer dos sentidos no amor cabe.
E segue, mesmo que d’ele se gabe,
Desdenhando-o sem dita nem desdita.
Assim, a tanto garbo e gentilezas
Retribui-lhe tão-só com incertezas.
Se o olhar promete quanto a mão impede...
Pois são as peripécias d’essa jovem
Amores e alegrias que comovem
Ante os breves favores que concede.
Betim – 31 07 2014