A QUADRATURA

A QUADRATURA

Rodo o compasso d’onde algo redondo

Corre para uma igual área em quadrado,

No entanto, jamais houve quem tentado

Lograsse a imagem que ao papel eu sondo.

Ao que, infinitas retas vão compondo

A curva que hábil régua tem traçado:

Polígono do mais ínfimo lado

Feito dança de abelha ou marimbondo.

Conta-se que a conta é o transcendente

Número que infinitas vezes Deus,

Por infinito, pode haver-se à mente.

E o que haverá nos sós pensares seus,

Onde as abelhas saem pela tangente,

Mas os números vêm aos sonhos meus? ...

Belo Horizonte – 04 03 2014