ERA VIDRO...
Por ti, esperei à porta do cinema
– o encontro então marcado para as seis –
e sei que esperaria ainda outra vez,
porém isso me causa angústia extrema.
A tarde anoiteceu e assim desfez
a tola confusão do meu dilema;
sobrou-me, da aflição, a dor suprema,
porque me foste assim tão descortês.
Jamais tu me explicaste o teu motivo,
nem mesmo uma palavra me disseste,
alheio ao sofrimento que eu revivo.
Conservo essa lição, mas, inconteste,
o meu comportamento é instintivo:
– Não uso mais o anel que tu me deste!
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