EU SOU O GELO DUM COPO
Eu sou o gelo dum copo quente,
De vinho rosê na noite branca,
Eu sou o pesadelo mui indiferente,
Pela causa da vida tão mesmo franca.
Eu sou a neve gélida mui descontente,
Que ilumina a voz naquela sua tranca,
Eu sou um vime de tristeza pendente,
Ao meu olhar que está manco(a).
Eu sou a janela aberta da minha bela vida,
Co'os braços estendidos neste caminho,
Eu sou as pérfidas e ébrias madrugadas.
Eu sou o vento que chora na tarde condolida,
Eu sou uma árvore que precisa de muito carinho,
Eu sou uma guitarra que grita mui mesmo calada.
LUÍS COSTA
10/11/2009