A MINHA CIDADE

A minha cidade despe as saias de tristeza,

Quando acorda co'o seu véu de cambraia,

Porém a noite chora desta vil vida concerteza,

Porque no coração da cidade, ninguém saía.

A minha cidade adormece sem uma defeza,

Na comichão do dia, que não tem uma praia,

Entretanto a cidade está nua mesmo em beleza,

Se vai banhar pla madrugada nesta pérfida laia.

A minha cidade anda mesmo cega, perdida,

Quando se mete na vida do meu bom ego,

Esta cidade que é a cidade de Lamego.

A minha cidade não mudou mesmo em nada,

Com a sua mentalidade besta de cara rapada,

No entanto a cidade pensa mal desta vida.

LUÍS COSTA

02/11/2009

TÓLU
Enviado por TÓLU em 11/02/2015
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