A GINASTA
A GINASTA
Ela se sentou bem diante do espelho
E ficou por minutos se observando.
Dir-se-ia mais pensando que admirando
Seu corpo esguio e tenso no aparelho.
Tinha os olhos azuis, nariz vermelho,
Pele alvíssima, porte de comando.
E olhava para mim, de quando em quando,
Como se me aguardasse algum conselho.
Fui atentar para essa breve pausa
E lhe descobrir qual seria a causa
De tão inusitada situação.
Mas nada percebi ali ao certo,
Senão que acompanhá-la de tão perto
Só fez me tumultuar o coração.
Betim – 19 07 2014